Para Aristóteles, na análise de
um instante, o “tempo é eterno” (sem início), juntamente com Giordano Bruno e
Einstein. Charles S. Peirce como podia conceber um “reino evolutivo vivo”
num “mundo estático e determinista” que era descrito pela ciência oficial. Por
isso, enumeram-se três exigências para a Física pensar um universo evolutivo:
a) irreversibilidade; b) probabilidade; c) coerência. A irreversibilidade comum
a todo o universo e em mesma direção – a flecha do tempo comum a todos. O tempo
precede o universo. O universo terá resultado, de um lado, de uma instabilidade
que sucedeu a uma situação que a precedeu, de outro, de uma mudança de fase em
grande escala. Os “fenômenos macroscópicos”, segundo o princípio da
termodinâmica, dado um sistema, numa porção arbitrária de espaço: há uma
função, uma entropia, dividida em duas partes (fluxo entrópico do mundo externo
e uma produção de entropia do próprio sistema). A produção de entropia do
sistema (porção arbitrária de espaço) é sempre nula e corresponde a fenômenos
irreversíveis. Dois elementos da produção de entropia: a) criador de ordem; b)
criador de desordem.
O sistema a uma constrição
térmica cria uma dissipação – um aumento de entropia e um fenômeno de ordem
(antidifusão). Ordem e desordem aparecem ao mesmo tempo. A turbulência é um
fenômeno de alto grau de estruturação em que milhões de partículas se perseguem
num movimento extremamente coerente.
O universo do não-equilíbrio é um
universo coerente. A bifurcação leva ao aparecimento de nova estrutura, de
não-equilíbrio: estruturas dissipativas. As flutuações se produzem numa reação
química sem cessar. Num estado próximo do equilíbrio, as flutuações agitam-se e
o ambiente adquire um estado homegêneo. No domínio de não-equilíbrio se
estabelecem novas interações, coerência neste universo. Afastado do equilíbrio
há um regresso ao estado inicial, ou seja, há amplificações das flutuações que
leva a uma nova situação, que dá origem a uma série de possibilidades. Campo
mais explosivo, portanto o fenômeno do não-equlíbrio.
A história do clima e inúmeros
períodos de glaciações, o que implica a biosfera – sistema afastado do
equilíbrio. Um sistema em equilíbrio, que persiste neste estado, em que as
flutuações são nulas.
Há dois possíveis estados depois
das bifurcações: irreversibilidade e probabilidades são noções estreitamente
ligadas. Sistemas Instáveis: instabilidade origina a probabilidade e sua
correlata irreversibilidade. Demonstra-se o deslocamento de Bernoulli através
de dígitos binários. As estruturas da natureza: 1] introduz probabilidades
independentes da informação que se possui; 2] Descrição determinista se aplica
a situações simples (idealizadas) que não são representativas da realidade
física que nos rodeia.
A irreversibilidade através da
noção de instabilidade limita tanto as trajetórias clássicas quanto as funções
de onda quântica. O free-lunch se forma no universo sem dispêndio de energia: a
massa (+) e a gravitação (-). O universo com energia nula: a energia da matéria
compensa a da gravidade, enquanto o universo vai pagar em entropia. A morte
energética está na origem do universo. A estrutura dupla do universo: fotões e
bariões (dois tipos de constituintes e partículas). Universo de fotões que
carregam bariões. Com a expansão do universo, eliminam-se bariões e permanecem
os fotões (não-equilíbrio). A criação de entropia acompanhada por uma criação
simultânea de ordem (bariões) e desordem (fotões).
Fotões da radiação de fundo
produzidos rapidamente na história do universo. Aceita-se a ideia do Big Bang,
uma singularidade inicial, de onde se prescinde e se obtém condições iniciais
em que toda a massa e entropia estão presentes – universo em condições de
temperatura elevada – 1032 graus Kelvin. O universo começa com
instabilidade diferente, singularidade, mudança de estado físico. Vazio não é
nem matéria nem gravitação. O vazio flutuante produtor de massas leves ou
pesadas. Massas de ordem 50 vezes as massas de Planck, universo de 10-5,
mas um buraco negro seria por volta de 10-3g. As propriedades do
buraco negro com temperatura inversamente proporcional à massa ou a sua vida
média proporcional à massa do cubo. Após a instabilidade de partículas (massa
crítica) constituem-se amontoados ou pequenos “Buracos negros” (10-3):
instáveis e decompõem-se em 10-35 segundos. O modelo único capaz de
conduzir a predições, que permite deduzir a relação (atual) entre número de
fotões e número de bariões (que medem a entropia total do universo) em perfeito
acordo com os dados da experiência nos termos das três constantes universais: h
(constante de Planck); c (a velocidade da luz) e K (a constante gravitacional).
A transformação do espaço-tempo
em matéria na instabilidade do vazio corresponde uma explosão de entropia
(fenômeno irreversível). Nesse modelo a relação entre espaço-tempo e matéria
não é simétrica. A matéria corresponde na realidade a um inquinamento do
espaço-tempo, a dissipação, produtora de ordem e desordem. A matéria leva em si
o signo da flecha do tempo (dissimetria entre passado, presente e futuro). Qual
o futuro do nosso universo? Um novo nascimento é possível, as condições que
permitiram a primeira instabilidade poderem reproduzir-se, imagina-se a
história do universo como a do universo como a de uma reação química explosiva.
O nascimento do nosso tempo, no vazio flutuante, o tempo preexiste em estado
potencial.
Trata-se, portanto do par
ordem-desordem em seus aspectos científicos múltiplos, especificamente, físico
e químico.
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