O pensamento moderno nasce da falência da representação, da perda das identidades e da descoberta das forças que agem sob a representação do idêntico. O mundo moderno é o dos simulacros, onde as identidades são apenas simuladas. O simulacro é uma cópia, mas a subverte e subverte os modelos. Demonstram-se duas orientações de pesquisa: 1) o conceito de diferença sem negação, por não ser subordinada ao idêntico, não se estende à oposição ou à contradição; 2) o conceito de repetição que vai em direção a uma repetição oculta em que se disfarça e se desloca um diferencial. O empirismo é uma criação de conceitos. Os conceitos são as próprias coisas em estado livre e selvagem. As individuações são impessoais e as singularidades são pré-individuais.
A mais exata repetição tem como correlato o máximo de diferença. Há diferença de natureza entre a repetição e a semelhança. Percebem-se duas grandes ordens da generalidade: ordem qualitativa das semelhanças e ordem quantitativa das equivalências. O ponto de vista da generalidade exprime a troca/substituição de um termo por outro. A repetição é uma singularidade não substituível. O roubo e o dom são os critérios da repetição. Repetir é se comportar em relação a algo único ou singular, sem semelhante ou equivalente. A generalidade do particular se opõe à universalidade do singular. Há duas linguagens: a científica, onde cada termo pode ser substituído por outro, e a lírica, em que cada termo é insubstituível. A generalidade é da ordem das leis.
A lei só determina a semelhança dos sujeitos a ela submetidos e a sua equivalência a termos designados pela lei. A lei mostra como a repetição seria impossível para sujeitos da lei (os particulares). A lei constrange os sujeitos à ilustra-la às custas de suas próprias mudanças. Impossibilidade da repetição (mudança como condição geral a que a lei da natureza condena as criaturas particulares – apreensão em termos fixos). A repetição é mais da ordem do milagre do que da lei. A existência da repetição deve-se a singularidade contra o geral e a universalidade contra o particular. A repetição é transgressão, ela remete a uma potência singular que difere por natureza da generalidade. O erro estóico: esperar pela repetição da lei da natureza. A repetição não ocorre de acordo com a natureza. O homem do dever inventou uma ‘prova’ da repetição determinada pelo ponto de vista do direito. A lei moral nos deixa numa generalidade segundo a natureza do hábito. O hábito não forma uma verdadeira repetição. Há duas maneiras de subverter a lei da moral, de um lado, a ironia (arte dos princípios, da ascensão aos princípios, da subversão dos princípios) e o humor (arte das conseqüências e das quedas, das suspensões). A repetição manifesta uma singularidade contra os particulares submetidos à lei, ela pertence ao humor e a ironia, por causa da sua natureza transgressora, exceção.
Questiona-se o problema do teatro, o movimento que atinge a alma e é o próprio movimento da alma. Ele é o movimento real e extrai o movimento real das artes que utiliza – a essência e a interioridade deste movimento é a repetição. Hegel representa conceitos e faz um falso drama, um falso movimento. O teatro é o movimento, a repetição. Pensa-se no espaço cênico e o aparelho da repetição é uma potência terrível. No teatro das representações experimenta-se pelas forças e traçados no espaço que agem sobre o espírito e por uma linguagem que fala antes das palavras. Nietzsche funda a repetição no eterno retorno, na morte de Deus e na dissolução do eu. As máscaras nada recobrem, salvo outras máscaras. Não há primeiro termo que seja repetido.
A diferença deve sair de sua caverna e deixar de ser monstro. A maior diferença é sempre a oposição, a diferença individual é pequena demais. A contradição é um movimento de exterioridade, ‘pulsação do infinito’. É preciso que cada um expulse seu outro, que expulse a si próprio e se torne o outro que ele expulsa. Representação orgíaca que tem o fundamento como princípio e o infinito como elemento. Salto que testemunha. Distribuição demoníaca dos distúrbios subversivos de uma distribuição nômade, que introduz nas estruturas sedentárias da representação. Distribuição nomádica, partilhando o distribuído, sem propriedade, sem cerca e sem medida. Repartição dos que distribuem num espaço aberto (sem limites precisos).
A mais exata repetição tem como correlato o máximo de diferença. Há diferença de natureza entre a repetição e a semelhança. Percebem-se duas grandes ordens da generalidade: ordem qualitativa das semelhanças e ordem quantitativa das equivalências. O ponto de vista da generalidade exprime a troca/substituição de um termo por outro. A repetição é uma singularidade não substituível. O roubo e o dom são os critérios da repetição. Repetir é se comportar em relação a algo único ou singular, sem semelhante ou equivalente. A generalidade do particular se opõe à universalidade do singular. Há duas linguagens: a científica, onde cada termo pode ser substituído por outro, e a lírica, em que cada termo é insubstituível. A generalidade é da ordem das leis.
A lei só determina a semelhança dos sujeitos a ela submetidos e a sua equivalência a termos designados pela lei. A lei mostra como a repetição seria impossível para sujeitos da lei (os particulares). A lei constrange os sujeitos à ilustra-la às custas de suas próprias mudanças. Impossibilidade da repetição (mudança como condição geral a que a lei da natureza condena as criaturas particulares – apreensão em termos fixos). A repetição é mais da ordem do milagre do que da lei. A existência da repetição deve-se a singularidade contra o geral e a universalidade contra o particular. A repetição é transgressão, ela remete a uma potência singular que difere por natureza da generalidade. O erro estóico: esperar pela repetição da lei da natureza. A repetição não ocorre de acordo com a natureza. O homem do dever inventou uma ‘prova’ da repetição determinada pelo ponto de vista do direito. A lei moral nos deixa numa generalidade segundo a natureza do hábito. O hábito não forma uma verdadeira repetição. Há duas maneiras de subverter a lei da moral, de um lado, a ironia (arte dos princípios, da ascensão aos princípios, da subversão dos princípios) e o humor (arte das conseqüências e das quedas, das suspensões). A repetição manifesta uma singularidade contra os particulares submetidos à lei, ela pertence ao humor e a ironia, por causa da sua natureza transgressora, exceção.
Questiona-se o problema do teatro, o movimento que atinge a alma e é o próprio movimento da alma. Ele é o movimento real e extrai o movimento real das artes que utiliza – a essência e a interioridade deste movimento é a repetição. Hegel representa conceitos e faz um falso drama, um falso movimento. O teatro é o movimento, a repetição. Pensa-se no espaço cênico e o aparelho da repetição é uma potência terrível. No teatro das representações experimenta-se pelas forças e traçados no espaço que agem sobre o espírito e por uma linguagem que fala antes das palavras. Nietzsche funda a repetição no eterno retorno, na morte de Deus e na dissolução do eu. As máscaras nada recobrem, salvo outras máscaras. Não há primeiro termo que seja repetido.
A diferença deve sair de sua caverna e deixar de ser monstro. A maior diferença é sempre a oposição, a diferença individual é pequena demais. A contradição é um movimento de exterioridade, ‘pulsação do infinito’. É preciso que cada um expulse seu outro, que expulse a si próprio e se torne o outro que ele expulsa. Representação orgíaca que tem o fundamento como princípio e o infinito como elemento. Salto que testemunha. Distribuição demoníaca dos distúrbios subversivos de uma distribuição nômade, que introduz nas estruturas sedentárias da representação. Distribuição nomádica, partilhando o distribuído, sem propriedade, sem cerca e sem medida. Repartição dos que distribuem num espaço aberto (sem limites precisos).
2 comentários:
atleta olímpico para vc é pouco. Meu bem, só se for um campeão olímpico das letras!!!!!
Estou as voltas com esse livro, mas você fez parecer um pouco menos complicado.
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