É trágico pensar que as “civilizações modernas” exterminaram grande parte dos povos primitivos da América, para ilustrar, houve a extinção de ¼ da população da humanidade no século XVI e, com efeito, 1 milhão de almas foram extintas na América pré-colombiana; haviam no mínimo 1.500.000 guaranis repartidos em 530.000 Km² em 1539, isto é, pouco mais de 4 hab./Km². Trata-se de um Brasil povoado por tribos nômades e por povos sedentários que suprem suas necessidades, afinal possuem técnicas (territoriais, econômicas, reprodutivas e lingüísticas) suficientes para os seus grupos. Os povos agricultores-sedentários e os bandos nômade-caçadores se organizam espacialmente de modo diferenciado. As aldeias populosas divididas por ‘malocas’ (abrigos de ‘famílias-extensas’) são organizações sedentárias ladeadas por florestas e compostas por áreas cultivadas. Os caçadores nômades povoam, por sua vez, as florestas, com bandos de no máximo trinta pessoas, realizando seus trajetos de um ponto a outro, marcados por acampamentos.
Quanto à atividade produtiva, a agricultura é capaz de sedentarizar tribos sul-americanas bastante numerosas, onde as atividades se dividem entre homens (primeira parte do trabalho que consiste em revolver a terra) e as mulheres (atividade que se estende da semeadura à colheita). Entre os nômades, todavia, a coleta e a caça podem produzir uma divisão sexual do trabalho diferente: entre o arco (atividade masculina de coleta e caça) e o cesto (representa a atividade feminina de transporte e acondicionamento das caças). A poligamia sedentária e a poliandria nômade caracterizam as técnicas de reprodução das tribos brasileiras. Os sedentários praticam a poligamia limitada ao chefe, por isso todos os homens presenteiam com uma filha o chefe da tribo, assim só o líder do grupo pratica a poligamia, devendo assim satisfazer os desejos dos membros da tribo. A poligamia indígena é limitada a pequena minoria de indivíduos, geralmente, ela é própria aos chefes de tribos. O casamento polígono não é conseqüência da densidade demográfica, mesmo porque a dimensão dos grupos na América do Sul varia geralmente de acordo com o meio geográfico, com o modo de alimentação e o nível tecnológico. Tanto o bando Guayaki quanto a aldeia tupi, trinta vezes numerosa, possuem a instituição poligâmica. Sobre a poligamia sedentária nas tribos sul-americanas Em seu pequeno grupo, de outro modo, os caçadores nômades acabam por possuir mais homens do que mulheres, promovendo então uma poliginia, como se fosse uma poligamia feminina, cada mulher poderia possuir pelo menos dois parceiros. Sob o aspecto lingüístico, destacam-se dois tipos de discursos funcionais e opostos entre os sedentários brasileiros: a palavra vazia do chefe e a palavra profética do xamã. Se, de um lado, o chefe repete as histórias dos ancestrais e enfatiza as tradições do grupo, esse discurso torna-se desinteressante para o grupo, por outro lado, o discurso profético condiciona os indígenas a refutar o líder. Em momentos indesejáveis, nos quais o desejo do chefe é mais intenso que o desejo da tribo, as ‘migrações religiosas’ podem exprimir a força da palavra xamânica, que é capaz de fazer o grupo abandonar a aldeia, deixar o líder sozinho e em fuga refundar outro território. Diferentemente, o canto promove a manifestação subjetiva do caçador-nômade com sua própria identidade, mas entre as mulheres, o canto coletivo e os versos em coro são repetidos em rituais específicos.
De todas as técnicas exemplificadas entre as tribos brasileiras, a guerra é a mais cobiçada e a mais desenvolvida entre eles. A guerra é uma habilidade que se traduz praticamente como característica destas tribos, trata-se de índios guerreiros. O território indígena é, portanto, promovido por relações de poder, considerando essas constantes guerras internas, conduz-se as relações de poder ao extremo.
Quanto à atividade produtiva, a agricultura é capaz de sedentarizar tribos sul-americanas bastante numerosas, onde as atividades se dividem entre homens (primeira parte do trabalho que consiste em revolver a terra) e as mulheres (atividade que se estende da semeadura à colheita). Entre os nômades, todavia, a coleta e a caça podem produzir uma divisão sexual do trabalho diferente: entre o arco (atividade masculina de coleta e caça) e o cesto (representa a atividade feminina de transporte e acondicionamento das caças). A poligamia sedentária e a poliandria nômade caracterizam as técnicas de reprodução das tribos brasileiras. Os sedentários praticam a poligamia limitada ao chefe, por isso todos os homens presenteiam com uma filha o chefe da tribo, assim só o líder do grupo pratica a poligamia, devendo assim satisfazer os desejos dos membros da tribo. A poligamia indígena é limitada a pequena minoria de indivíduos, geralmente, ela é própria aos chefes de tribos. O casamento polígono não é conseqüência da densidade demográfica, mesmo porque a dimensão dos grupos na América do Sul varia geralmente de acordo com o meio geográfico, com o modo de alimentação e o nível tecnológico. Tanto o bando Guayaki quanto a aldeia tupi, trinta vezes numerosa, possuem a instituição poligâmica. Sobre a poligamia sedentária nas tribos sul-americanas Em seu pequeno grupo, de outro modo, os caçadores nômades acabam por possuir mais homens do que mulheres, promovendo então uma poliginia, como se fosse uma poligamia feminina, cada mulher poderia possuir pelo menos dois parceiros. Sob o aspecto lingüístico, destacam-se dois tipos de discursos funcionais e opostos entre os sedentários brasileiros: a palavra vazia do chefe e a palavra profética do xamã. Se, de um lado, o chefe repete as histórias dos ancestrais e enfatiza as tradições do grupo, esse discurso torna-se desinteressante para o grupo, por outro lado, o discurso profético condiciona os indígenas a refutar o líder. Em momentos indesejáveis, nos quais o desejo do chefe é mais intenso que o desejo da tribo, as ‘migrações religiosas’ podem exprimir a força da palavra xamânica, que é capaz de fazer o grupo abandonar a aldeia, deixar o líder sozinho e em fuga refundar outro território. Diferentemente, o canto promove a manifestação subjetiva do caçador-nômade com sua própria identidade, mas entre as mulheres, o canto coletivo e os versos em coro são repetidos em rituais específicos.
De todas as técnicas exemplificadas entre as tribos brasileiras, a guerra é a mais cobiçada e a mais desenvolvida entre eles. A guerra é uma habilidade que se traduz praticamente como característica destas tribos, trata-se de índios guerreiros. O território indígena é, portanto, promovido por relações de poder, considerando essas constantes guerras internas, conduz-se as relações de poder ao extremo.
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