Para entender a importância dos avanços tecnológicos referentes à velocidade, embora constitua uma face independente nos avanços técnicos, ela também está ligada à veiculação da imagem. Investiga-se sobre a guerra e a velocidade, então, os avanços armamentistas e de transportes. Mas o que se objetiva é integrar nos assuntos geopolíticos os detalhes técnicos da guerra, porque acabam promovendo novas tecnologias incorporadas no nosso dia-a-dia, mas graças quase sempre a muitos conflitos. Dividem-se categoricamente dois tipos de guerra: uma guerra espacial, de conquista, e uma guerra total, de penetração, de assalto. A guerra do tempo não é guerra do espaço-tempo, mas do espaço-velocidade. Pois quanto maior a velocidade, mais dilatado será o tempo e menor a distância a ser percorrida. Avanços tecnológicos de armamentos e veículos que passam pelos canhões, blindados, submarinos e caças.
No tocante à guerra, a velocidade resulta tanto dos meios de transporte quanto dos armamentos (balísticos), isto é, a artilharia é um híbrido de dois tempos de deslocamento, o da carreta (mais ou menos rápido) e o do projétil (fulminante) rumo à explosão. O canhão produz velocidade indireta, isto quer dizer que é preciso precipitar-se contra eles, matando os seus operadores, mas os soldados de infantaria dispõem de um tempo muito curto. A vida desses soldados depende da velocidade da sua corrida. A velocidade significa tempo ganho no sentido absoluto! “A salvação está no assalto”! Assim, pela Blitzkrieg (guerra relâmpago) o antigo muro-fronteira (das cidades muradas, fortalezas) fora substituído pela via rápida, velocidade do assalto.
A partir do século XIX, partilhou-se o mundo numa luta ou enfrentamento entre duas nações, uma povoando a terra e a outra o oceano. Associar a velocidade (dêmos) à liberdade de movimento e o direito ao mar associado à noção de “mar livre”, isto foi uma criação própria do ocidente, incluindo o direito ao espaço aéreo. O mar e o espaço aéreo compõem o modelo de espaço aberto, trata-se da 'fleet in being'. O que é a 'fleet in being'? Pode-se entendê-la como uma logística das estratégias de invisibilidade dos corpos em movimento, a possibilidade de uma frota marítima golpear a qualquer instante um adversário, aniquilando-o por uma zona de insegurança global, a própria insegurança do território. Não se trata mais de derramamento de sangue, de enfrentamento direto. Maurício da Saxônia foi quem compreendeu que a violência pode ser reduzida apenas aos movimentos. Assim, o “assaltar” se diferenciará de acordo com as épocas e suas máquinas de destruir. O submarino pode ilustrar o objetivo da 'fleet in being' como fundamento do direito ao mar. O submarino estratégico não precisa ir a parte alguma; ele se contenta em, permanecendo no mar, ficar invisível; mas seu fim temporal já está marcado.
Se na Primeira Guerra Mundial as ações em espaço terrestre predominavam, isto impedia a ubiqüidade da guerra (guerra total: mar, céu e terra). Sobre o espaço terrestre houve uma inovação tecnológica capaz de transformar um espaço repleto de obstáculos numa verdadeira fleet in being, atingindo todas as direções, mais do que invisível, o equipamento poderia surgir de qualquer ponto da superfície. “Vencer é avançar”! O capitão de Poix concebeu um engenho, um “fortin automóvel”, o blindado: capaz de percorrer todos os terrenos, invenção que data de 1916. A velocidade tornou-se a esperança ocidental, fazendo da guerra um desgaste cômodo. O transporte num veículo blindado elimina todos os obstáculos, a própria terra, para ele, não existe mais, menos que um veículo para qualquer terreno, ele é um veículo sem terreno.
Contando com o espaço do céu, com efeito, numa guerra total (ubíqua, em toda parte e em qualquer momento) equipamentos técnicos de suma importância como os caças F117 americanos podem ilustrar os avanços tecnológicos da guerra. Aviões Stealth que sofreram diversos acidentes na Guerra do Golfo Pérsico. Típico avião fantasma cuja habilidade é não ser captado pelos sensores dos radares, ensinando-nos sobre a evolução e a plasticidade de nosso ambiente audiovisual. Uma vez que na nova guerra óptica eletrônica o que é visto já é destruído, mais vale ser destruído antes de ser visto, análises sobre a fusão da velocidade e da imagem. O F117 é um engenho apto às camuflagens em relação direta com a rápida identificação de alvos, alvos que já não são simplesmente mísseis falsos ou verdadeiros, mas verdadeiros ou falsos sinais de radar, verossímeis ou inverossímeis imagens (acústicas, óticas ou térmicas). Se aparentemente entrávamos na era da ‘simulação generalizada’ das missões militares, realmente estamos na era da ‘dissimulação generalizada’. Enganar sobre a duração da trajetória e tornar secreta a sua imagem, camuflar os “vetores de liberação de explosivos”, isto é, os aviões, os navios, os foguetes. Enganar o adversário sobre a credibilidade e a presença da passagem virtual da máquina: geração de armas ‘discretas’, Stealth, veículos furtivos e indetectáveis... As técnicas da decepção ultrapassam os segredos que a indústria-militar reservam sobre a bomba atômica.
No tocante à guerra, a velocidade resulta tanto dos meios de transporte quanto dos armamentos (balísticos), isto é, a artilharia é um híbrido de dois tempos de deslocamento, o da carreta (mais ou menos rápido) e o do projétil (fulminante) rumo à explosão. O canhão produz velocidade indireta, isto quer dizer que é preciso precipitar-se contra eles, matando os seus operadores, mas os soldados de infantaria dispõem de um tempo muito curto. A vida desses soldados depende da velocidade da sua corrida. A velocidade significa tempo ganho no sentido absoluto! “A salvação está no assalto”! Assim, pela Blitzkrieg (guerra relâmpago) o antigo muro-fronteira (das cidades muradas, fortalezas) fora substituído pela via rápida, velocidade do assalto.
A partir do século XIX, partilhou-se o mundo numa luta ou enfrentamento entre duas nações, uma povoando a terra e a outra o oceano. Associar a velocidade (dêmos) à liberdade de movimento e o direito ao mar associado à noção de “mar livre”, isto foi uma criação própria do ocidente, incluindo o direito ao espaço aéreo. O mar e o espaço aéreo compõem o modelo de espaço aberto, trata-se da 'fleet in being'. O que é a 'fleet in being'? Pode-se entendê-la como uma logística das estratégias de invisibilidade dos corpos em movimento, a possibilidade de uma frota marítima golpear a qualquer instante um adversário, aniquilando-o por uma zona de insegurança global, a própria insegurança do território. Não se trata mais de derramamento de sangue, de enfrentamento direto. Maurício da Saxônia foi quem compreendeu que a violência pode ser reduzida apenas aos movimentos. Assim, o “assaltar” se diferenciará de acordo com as épocas e suas máquinas de destruir. O submarino pode ilustrar o objetivo da 'fleet in being' como fundamento do direito ao mar. O submarino estratégico não precisa ir a parte alguma; ele se contenta em, permanecendo no mar, ficar invisível; mas seu fim temporal já está marcado.
Se na Primeira Guerra Mundial as ações em espaço terrestre predominavam, isto impedia a ubiqüidade da guerra (guerra total: mar, céu e terra). Sobre o espaço terrestre houve uma inovação tecnológica capaz de transformar um espaço repleto de obstáculos numa verdadeira fleet in being, atingindo todas as direções, mais do que invisível, o equipamento poderia surgir de qualquer ponto da superfície. “Vencer é avançar”! O capitão de Poix concebeu um engenho, um “fortin automóvel”, o blindado: capaz de percorrer todos os terrenos, invenção que data de 1916. A velocidade tornou-se a esperança ocidental, fazendo da guerra um desgaste cômodo. O transporte num veículo blindado elimina todos os obstáculos, a própria terra, para ele, não existe mais, menos que um veículo para qualquer terreno, ele é um veículo sem terreno.
Contando com o espaço do céu, com efeito, numa guerra total (ubíqua, em toda parte e em qualquer momento) equipamentos técnicos de suma importância como os caças F117 americanos podem ilustrar os avanços tecnológicos da guerra. Aviões Stealth que sofreram diversos acidentes na Guerra do Golfo Pérsico. Típico avião fantasma cuja habilidade é não ser captado pelos sensores dos radares, ensinando-nos sobre a evolução e a plasticidade de nosso ambiente audiovisual. Uma vez que na nova guerra óptica eletrônica o que é visto já é destruído, mais vale ser destruído antes de ser visto, análises sobre a fusão da velocidade e da imagem. O F117 é um engenho apto às camuflagens em relação direta com a rápida identificação de alvos, alvos que já não são simplesmente mísseis falsos ou verdadeiros, mas verdadeiros ou falsos sinais de radar, verossímeis ou inverossímeis imagens (acústicas, óticas ou térmicas). Se aparentemente entrávamos na era da ‘simulação generalizada’ das missões militares, realmente estamos na era da ‘dissimulação generalizada’. Enganar sobre a duração da trajetória e tornar secreta a sua imagem, camuflar os “vetores de liberação de explosivos”, isto é, os aviões, os navios, os foguetes. Enganar o adversário sobre a credibilidade e a presença da passagem virtual da máquina: geração de armas ‘discretas’, Stealth, veículos furtivos e indetectáveis... As técnicas da decepção ultrapassam os segredos que a indústria-militar reservam sobre a bomba atômica.
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