Michel Foucault dedicou-se as origens de um discurso que entendeu a política como a continuidade da guerra por outros meios, inversão do aforismo de Clausewitz. Discursos históricos que entendiam as lutas, os conflitos ou a guerra como analisadora geral dos discursos. O discurso histórico-político foi desenvolvido predominantemente, na França, por Boulainvilliers e surgiu na virada dos séculos XVII-XVIII, posicionando as relações belicosas de forças como analisadoras do poder. Fez-se, inicialmente, uma desagregação de um discurso que louvava Roma por duas maneiras: primeiro, por uma evocação à invasão e, por conseguinte, pela introdução de um novo sujeito e de uma nova área de objetos: a nação, entendida no seu sentido lato. Assim, Michel Foucault organizou as distinções e rupturas discursivas acerca das análises do poder, diferenciando o discurso filosófico-jurídico (Hobbes fora tomado como exemplo em Leviatã) do discurso histórico-político. É pela idéia de nação que derivam as noções de nacionalidades, raças e classes.
Numa análise dos discursos controversos à história do Estado-Nação francês, Foucault identificou na nobreza francesa a própria autoria deste novo tipo de história, colocando a nação como sujeito-objeto num princípio de desagregação. Tratava-se de frentes colocadas pelos nobres. A nobreza buscou, então, nestas frentes apoiar-se nas liberdades fundamentais do povo germano ou franco que invadiu a “antiga” Gália. Nesta busca histórica acerca dos Estados Nacionais absolutistas, Michel Foucault tentou desvelar as lutas, as invasões e as conquistas, por conseqüência a guerra propriamente dita como analisadores das relações de poder e, com efeito, a repartição das raças como práticas preparatórias exercidas na modernidade, séc. XVIII-XIX.
De fato, a Gália era uma verdadeira terra de conquista, isto foi aquilo que o povo franco-germano lá encontrou. Com base no direito romano o fato da conquista transformou a Gália num reino consentido pela dominação. Esta é a Gália infeliz, descrita por Boulainvilliers, por exemplo, entre tantos outros historiadores da nobreza, na segunda metade do século XVII. Por um lado, ao entrarem na Gália os romanos desarmaram, no início, a aristocracia guerreira, única força militar. Causando o aumento dos impostos e a desvalorização da moeda para cobrir o investimento dos mercenários, logo, desvalorização da moeda. Por outro lado, a força dos francos frente aos romanos é a presença de uma aristocracia guerreira. A sociedade era organizada em torno de homens guerreiros: o povo germânico, mesmo que os próprios francos tenham sido os servos.
A aristocracia guerreira era atribuída a um rei – este era escolhido pelo consentimento comum dos leudes (homens de armas) apenas no momento de guerra. O chefe era, assim, o chefe de guerra, servindo, em certos casos, como chefe da sociedade civil. Em todo caso, esta era uma sociedade cujo poder era o mínimo, mas a liberdade era máxima. A liberdade dos guerreiros germanos derivava do egoísmo, da rapina e da avidez pela batalha e pela conquista: retrato que se encontrou do bárbaro, a partir do séc. XVIII. Com a vitória dos francos, o rei (chefe de guerra) reservou para si uma parte das terras, mas os guerreiros se tornaram proprietários. Os francos resistiram nesta conquista (na Gália) por terem confiscado as armas dos gauleses, isolando-as numa zona interior do país – constituindo uma casta militar inteiramente germana. Os gauleses permitiram que os franco-germanos ocupassem as terras reais e não teriam, então, outra função que não fosse guerrear. Enquanto que os gauleses seriam os cultivadores e contribuintes, com efeito, minimizavam-se as hostilidades entre os camponeses gauleses e os guerreiros germânicos. Quando os francos invadiram a Gália, os aristocratas gauleses tiveram confiscado as suas terras, assim, encontraram refúgio no solo da Igreja e conheceram o latim, além de cultivarem o direito romano – de forma absolutista. A estratégia da Igreja de investigar com o latim o direito romano conseguiu fazer com que a nobreza perdesse o seu poder. Os nobres por pertencerem a outro sistema lingüístico (a língua germânica) foram pouco a pouco ludibriados. O rei, a Igreja e aristocracia gaulesa espoliaram a aristocracia guerreira, manipulando as leis através do latim e do direito romano.
Identifica-se uma invasão bárbara e uma luta de raças após a conquista da Gália. Percebe-se a própria genealogia do racismo no fascismo de tipo alemão e socialista, afinal desvela-se que Marx e Engels encontraram a narrativa da luta de raças para o conceito de luta de classes. Esses senhores deveriam estudar as obras históricas de Thierry, Guizot, Jhon Wade, etc.
Numa análise dos discursos controversos à história do Estado-Nação francês, Foucault identificou na nobreza francesa a própria autoria deste novo tipo de história, colocando a nação como sujeito-objeto num princípio de desagregação. Tratava-se de frentes colocadas pelos nobres. A nobreza buscou, então, nestas frentes apoiar-se nas liberdades fundamentais do povo germano ou franco que invadiu a “antiga” Gália. Nesta busca histórica acerca dos Estados Nacionais absolutistas, Michel Foucault tentou desvelar as lutas, as invasões e as conquistas, por conseqüência a guerra propriamente dita como analisadores das relações de poder e, com efeito, a repartição das raças como práticas preparatórias exercidas na modernidade, séc. XVIII-XIX.
De fato, a Gália era uma verdadeira terra de conquista, isto foi aquilo que o povo franco-germano lá encontrou. Com base no direito romano o fato da conquista transformou a Gália num reino consentido pela dominação. Esta é a Gália infeliz, descrita por Boulainvilliers, por exemplo, entre tantos outros historiadores da nobreza, na segunda metade do século XVII. Por um lado, ao entrarem na Gália os romanos desarmaram, no início, a aristocracia guerreira, única força militar. Causando o aumento dos impostos e a desvalorização da moeda para cobrir o investimento dos mercenários, logo, desvalorização da moeda. Por outro lado, a força dos francos frente aos romanos é a presença de uma aristocracia guerreira. A sociedade era organizada em torno de homens guerreiros: o povo germânico, mesmo que os próprios francos tenham sido os servos.
A aristocracia guerreira era atribuída a um rei – este era escolhido pelo consentimento comum dos leudes (homens de armas) apenas no momento de guerra. O chefe era, assim, o chefe de guerra, servindo, em certos casos, como chefe da sociedade civil. Em todo caso, esta era uma sociedade cujo poder era o mínimo, mas a liberdade era máxima. A liberdade dos guerreiros germanos derivava do egoísmo, da rapina e da avidez pela batalha e pela conquista: retrato que se encontrou do bárbaro, a partir do séc. XVIII. Com a vitória dos francos, o rei (chefe de guerra) reservou para si uma parte das terras, mas os guerreiros se tornaram proprietários. Os francos resistiram nesta conquista (na Gália) por terem confiscado as armas dos gauleses, isolando-as numa zona interior do país – constituindo uma casta militar inteiramente germana. Os gauleses permitiram que os franco-germanos ocupassem as terras reais e não teriam, então, outra função que não fosse guerrear. Enquanto que os gauleses seriam os cultivadores e contribuintes, com efeito, minimizavam-se as hostilidades entre os camponeses gauleses e os guerreiros germânicos. Quando os francos invadiram a Gália, os aristocratas gauleses tiveram confiscado as suas terras, assim, encontraram refúgio no solo da Igreja e conheceram o latim, além de cultivarem o direito romano – de forma absolutista. A estratégia da Igreja de investigar com o latim o direito romano conseguiu fazer com que a nobreza perdesse o seu poder. Os nobres por pertencerem a outro sistema lingüístico (a língua germânica) foram pouco a pouco ludibriados. O rei, a Igreja e aristocracia gaulesa espoliaram a aristocracia guerreira, manipulando as leis através do latim e do direito romano.
Identifica-se uma invasão bárbara e uma luta de raças após a conquista da Gália. Percebe-se a própria genealogia do racismo no fascismo de tipo alemão e socialista, afinal desvela-se que Marx e Engels encontraram a narrativa da luta de raças para o conceito de luta de classes. Esses senhores deveriam estudar as obras históricas de Thierry, Guizot, Jhon Wade, etc.
Um comentário:
Olá, me chamo JEFFERSON SAADY,atualmente souacadêmico do Bacharelado em História,da UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE,e estou lendo este livro que no qual aqui consta essa ótima síntese, e queme ajudou muito na compreensão e entendimento do texto.
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